Acusada de matar o próprio filho – um bebê de oito meses - em fevereiro deste ano, Josenilde Lopes de Mendonça , deverá ser solta nas próximas horas. O advogado de defesa da acusada, Guillermo Medeiros, informou que entrou com pedido da revogação da prisão nesta terça-feira (2), ao final da audiência de instrução e o pedido foi acatado pelo juiz Ricardo Procópio.
O advogado explicou que a prisão preventiva de Josenilde foi decretada com base no requisito de garantia da ordem pública. “Nós conseguimos comprovar que Josenilde não oferece riscos à sociedade e, além disso, é ré primária”, disse Guillermo Medeiros.
Josenilde chegou a confessar que cometeu o crime à reportagem da Inter TV Cabugi na época em que foi presa. “Estou arrependida e espero o perdão de Deus”, disse ela.
No entanto, a defesa da acusada nega que ela tenha matado o filho, o bebê Ramon Ramalho dos Reis, de 8 meses.
A acusada está presa desde o dia 19 de fevereiro, quando foi encontrada por policiais vagando pela avenida João Medeiros Filho, no bairro da Redinha, zona Norte de Natal.
Entenda o caso
O filho de Josenilde foi encontrado morto no sábado de carnaval, dia 9 de fevereiro deste ano, no apartamento onde morava com a mãe, no bairro de Nova Descoberta, zona Sul de Natal.
Segundo a polícia, o corpo do bebê estava em uma cama, enrolado em um lençol, e tinha um grande hematoma no lado direito do rosto.
O pai da criança, Ramon Ramalho, está em Limeira, no interior de São Paulo. Em entrevista ao G1, ele cobrou justiça para a morte do filho. "A droga e a negligência acabaram com a vida do meu filho", disse ele.
Ramon conheceu Josenilde em Limeira, em 2011, ocasião em que ela frequentava uma clínica de tratamento para dependentes de drogas. Assim que iniciaram o relacionamento, ela ficou grávida e os dois se mudaram para Natal, onde viveram juntos por pouco mais de um ano. "Sempre soube do vício. Até pensei que o fato de ficar grávida e de ter um filho faria com que ela deixasse as drogas, mas infelizmente isso não aconteceu", acrescentou o pai da criança.
Fonte: g1/rn