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Cerca de 84,8 mil famílias baianas que vivem na área rural do estado e com acesso precário à água receberão cisternas de consumo – e mais de 38 mil desses reservatórios serão instalados pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf). O documento que autoriza à instalação dos equipamentos foi assinado nesta quinta (04) pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e pelo presidente da Codevasf, Elmo Vaz, na presença da presidenta Dilma Rousseff, do governador Jaques Wagner, e de ministros, governadores de outros estados, prefeitos, secretários e população em geral, durante o lançamento do Plano Safra Semiárido, em Salvador (BA).
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Além das 38.252 cisternas destinadas por meio da Codevasf a 54 municípios do semiárido da Bahia, foi autorizada durante o evento ainda a instalação de outras 26.021 cisternas – sendo 16.299 para 22 municípios de Alagoas e 9.722 para 29 municípios do semiárido mineiro. Na Bahia, outras 46.594 cisternas serão implantadas pelo governo da Bahia com recursos repassados diretamente pelo Ministério da Integração Nacional (MI) – totalizando assim 84.846 reservatórios no estado.
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“Estas cisternas garantirão acesso a água a populações difusas das áreas rurais destes estados durante os períodos de estiagem. A água armazenada, que provém da chuva, assegura que as famílias tenham atendidas necessidades básicas, como saciar a sede e preparar alimentos”, explica Elmo Vaz. “Os beneficiários vivem em situação de extrema pobreza ou pobreza; por esta razão, o suporte proporcionado pelas reservatórios é muito valioso”, acrescenta o presidente da Codevasf.
A instalação de cisternas de abastecimento humano é uma das ações realizadas pela Codevasf no âmbito do programa Água para Todos, coordenado pelo Ministério da Integração Nacional (MI).
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Desde o início da execução do programa, em 2012, a Companhia já instalou 60.679 reservatórios em Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Piauí e Maranhão. Cada reservatório pode armazenar 16 mil litros de água da chuva, quantidade suficiente para suprir as necessidades básicas de uma família de cinco pessoas por períodos de estiagem de até seis meses.
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Plano Safra Semiárido
O Plano Safra específico para o semiárido, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), visa aumentar a segurança produtiva e melhorar a estrutura dos produtores rurais durante a estiagem, permitindo que o Nordeste conviva com a seca. O programa é uma extensão do Plano Safra da Agricultura Familiar e inclui ações de oferta de crédito e seguro, assistência técnica e fomento.
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A presidenta Dilma Rousseff afirmou que o Plano Safra Semiárido é o reconhecimento de que é possível conviver com a seca. “A seca não pode virar uma catástrofe, ela pode ser perfeitamente controlada. Para isso, é preciso vontade política e ação conjunta, e aqui houve ação conjunta para o semiárido”, disse. A presidenta explicou que o Plano Safra vai garantir crédito para os agricultores desenvolverem suas plantações e que as máquinas distribuídas nesta quinta-feira vão dar apoio à produção agrícola do semiárido.
Durante o lançamento do plano, a presidenta entregou 323 máquinas a prefeituras – 130 retroescavadeiras e 193 motoniveladoras –, voltadas para a agricultura e abertura e manutenção de estradas vicinais na Bahia, e fez também a entrega simbólica de 250 ônibus escolares do Programa Caminho da Escola, de um total de 500 que o estado da Bahia está recebendo.
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O agricultor familiar Lusemberg Baldini, de Curaçá, no Sertão do São Francisco, acompanhou o evento de lançamento do Plano. “Com a iniciativa, vão se abrir mais as portas para a agricultura familiar, para os movimentos sociais. Temos condições de produzir o ano inteiro. Só são necessárias essas políticas públicas voltadas para a nossa região, e este Plano Safra Semiárido é um grande benefício”, avaliou.
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A prefeita de Amargosa, Carina Silva, afirmou que o município passou por momentos difíceis por causa da seca. “Municípios pequenos como o nosso, onde a agricultura familiar é importante, precisam desses equipamentos para cavar tanques e pequenas barreiras. A gente sentiu que o governo federal enxergou essa necessidade e proporcionou essa possibilidade para os municípios com menos de 50 mil habitantes”, disse.
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Ascom Codevasf *Com informações da Secom (BA)