Sob a liderança de uma organização chamada Comando Nacional do Transporte e sem a participação de nenhuma entidade formal da categoria, os caminhoneiros pretendem cruzar os braços a partir de hoje, dia 9. Mas não querem negociar propostas com o atual governo. A ideia, segundo Ivar Schmidt, um dos expoentes do grupo, é obter a renúncia da presidente Dilma Rousseff (PT). “Nossa categoria pretende negociar com o próximo governante”, afirmou. Ponta Grossa, um dos maiores entroncamentos rodoviários da região Sul do Brasil, é estratégico para o movimento.
Mobilizando-se pelas redes sociais e pelo WhatsApp, os líderes do movimento se juntaram a organizações que pedem o fim do governo do PT, como Movimento Brasil Livre e Vem pra Rua. E estão sendo criticados pelos sindicatos de caminhoneiros, que os acusam de estarem a serviço de interesses políticos partidários. “Consideramos imoral e repudiamos qualquer mobilização que se utilize da boa-fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no País e pressionar o governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria”, afirma o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, em nota publicada no site da entidade.