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17 abril 2016

Valmir defende legitimidade do voto e diz que impeachment sem fundamento é golpe

Foto: Agência Câmara         
O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) engrossou o coro contra a “tentativa de golpe da oposição com o processo de impeachment da presidente Dilma”, pediu debate direto com a população e defendeu a legitimidade do voto. Em pronunciamento na Câmara Federal na quarta-feira (30), Assunção convocou a população e os movimentos sociais a irem para as ruas, nesta quinta-feira (31), defender a democracia e fortalecer as trincheiras contra “os grupos conservadores e hegemônicos do país que querem tirar Dilma do governo. O que estão querendo fazer com a discussão do impeachment é romper a democracia. Dilma teve 54 milhões de votos e a Constituição garante que quem tem a maioria dos votos é legítimo para governar quatro anos. Quem quiser ganhar eleição, em 2018, que dispute e ganhe”. Valmir ainda explica que só existe uma possibilidade de um presidente eleito não continuar no cargo: se, por acaso, cometer um crime de responsabilidade. “É esse o debate que temos nesta Casa e neste país. Todos nós sabemos que a presidente não cometeu nenhum crime de responsabilidade”. O parlamentar salienta que boa parte da população que vai às ruas fica se perguntando se esse impeachment é porque Dilma está envolvida na Operação Lava-Jato, ou se é por corrupção. “Não é nada disso, esse processo contra Dilma é porque ela assinou seis decretos de abertura de crédito e o Plano Safra, por causa da equação da dívida. É isso que os deputados estão questionando. É esse o debate que está com a presidente. É esse o debate sobre a questão do impeachment. Nós não podemos aceitar isso”. Valmir contesta as manifestações raivosas e preconceituosas e critica os que querem a volta da ditadura militar. “Todos nós deputados federais estamos na Câmara porque a população votou e temos um mandato de quatro anos. Não podemos romper a democracia”. Para o petista, as manifestações que acontecem por todo o país, nesta quinta, vão novamente mobilizar a população. “Há pessoas que estarão em estado de vigília e que não gostam do PT, não gostam de Dilma, mas gostam e defendem a democracia brasileira. Tenho convicção de que nós, como parlamentares, temos que preservar a Constituição e ser guardiões da democracia, fortalecendo esse projeto importante para o país. Por isso, eu tenho convicção de que milhões de brasileiros estarão em Brasília e em outras capitais dizendo: Não vai ter golpe, vai ter luta!”.
TV Câmara

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