Uma celebração tricolor tomou conta da Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira (16). Proposta pelo ex-jogador do Bahia e deputado estadual Bobô (PCdoB), a sessão especial em comemoração aos 29 anos do título brasileiro de futebol de 1988, homenageou a torcida, vários ex-jogadores campeões e o autor do hino, Adroaldo Ribeiro Costa.
Além de autoridades, participaram da mesa o atual presidente da agremiação, Marcelo Santana, e os ex-presidentes do clube, Paulo Maracajá, Petrônio Barradas e Fernando Schmidt. Representou o governador Rui Costa, o secretário Cássio Peixoto. Também prestigiaram o evento os ex-jogadores Eliseu Godoy, Douglas, Osni e Emo, além de Luciano Venâncio, da Bamor.
Uma homenagem especial foi feita para torcida tricolor, que se tornou patrimônio cultural e imaterial do estado, pela Lei 13.599/16, de autoria do deputado comunista. “19 de fevereiro é uma data memorável. Ter participado desse momento especial para o clube e para a nação tricolor é motivo de muito orgulho, pois colocou definitivamente jogadores, comissão técnica, dirigentes e funcionários da época no coração e na história do clube e da torcida”, disse.
Representando os jogadores, o ex-goleiro Ronaldo Passos destacou que o time campeão era uma família. “A maioria dos atletas era da base do Bahia e o sucesso se deveu também ao papel do presidente Paulo Maracajá e do técnico Evaristo de Macêdo. Ninguém acreditava e chegamos a sofrer chacota da imprensa nacional, mas fomos campeões com justiça”, afirmou.
HISTÓRIA DO HINO
O sobrinho de Adroaldo Costa, Aramis Ribeiro Costa, falou de como surgiu o hino. “Ele disse que tinha feito várias coisas importantes na vida, mas duas ficariam: o projeto social Hora da Criança e o hino do Bahia. Meu tio, que era tricolor doente e diretor do clube, aos 29 anos, foi chamado para fazer uma música que alegrasse os torcedores e incentivasse o time no antigo campo da Graça. A letra reflete as características da torcida e é cantada até por quem não é torcedor”, frisou.
Presidente campeão da época, Paulo Maracajá afirmou que teve muitas emoções no futebol, mas que 19 de fevereiro de 1989 (dia da partida final) foi a maior. “Chegamos uma quinta-feira em Salvador, e a multidão era maior do que a que recebeu o Papa. Só ganhamos porque focamos nos unimos pelo Bahia, que é maior do que todos nós”, declarou.
Marcelo Santana enfatizou que os jogadores que são formados no clube ou contratados devem conhecer a história vitoriosa do time para saber a importância de vestir a camisa tricolor. “Bobô foi feliz ao expressar a felicidade de um nordestino ser campeão nacional, mostrando que somos capazes de conquistar muitos títulos”, disse.
HOMENAGEADOS
Ao final, receberam placas a torcida (pelo presidente Marcelo Santana), Paulo Maracajá, Adroaldo Costa (pelo sobrinho Aramis), o médico Marcos Lopes (pela esposa Tatiana Melo), idealizador da Lei 13.599, e os jogadores João Marcelo (pela cunhada e desembargadora Maria de Lourdes Medauar), Gil Sergipano (pela filha Mariana), Ronaldo, Paulo Rodrigues, Zé Carlos, Dico Maradona e Sandro.
Ascom