Proibida pelo terceiro ano, mediante pedido do Ministério Público, acatado pela Justiça de Senhor do Bonfim, a guerra de espadas tem sido tratada como crime pelas instituições que se baseiam em artigos que equiparam o artefato, até então não enquadrado e nem regulamentado pelo Exército, como artefato de explosão e segundo o Ministério Público pode causar “morte”, a guerra de espadas aconteceu de forma truculenta, na noite desse dia 23 de junho de 2019.
Amantes da guerra de espadas promoveram manifestações desde a tarde do dia 23, quando houve concentração na Rua Padre Severo, e ao mesmo tempo a presença maciça de forças policiais, tais como, RONDESP, CPAC, ROCAM, CETO, da PM, Bombeiros, que repreenderam qualquer tentativa de atear fogo em lenha, no local e dali se desencadeasse uma guerra, mesmo assim o povo permaneceu até a noite, saíram da Padre Severo e se deslocaram até a Praça Dr. José Gonçalves, quando já a noite houve queima de espadas em alguns pontos da cidade, porém na Praça Dr. José Gonçalves havia manifestações tipo rodas animada ao som de charanga, com cantoria, até que em determinado ponto houve uma ação das polícias que partiram para cima dos manifestantes com granada de luz, bomba de gás lacrimogênio e balas de borrachas.
Nessa ação algumas pessoas precisaram ser atendidas pelo SAMU, pois teriam passado mal com a inalação de spray de pimenta e do gás, porém o que tornou o evento uma verdadeira guerra foi o fato de uma jovem ter sido atingida em seu rosto, acima do olho esquerdo, por uma bala de borracha, sendo transferida para Juazeiro, e de lá seguirá para Recife – PE, com a possibilidade de perder a visão, deixam vários questionamentos, perante a força utilizada pelo Estado para repreender um ato cultural.
Além da jovem, um jornalista que cobria o evento foi alvejado com bala de borracha,“cobrindo a guerra de espadas, Netto, levei tiro de borracha, agora virei vagabundo”, questionou o jornalista.
Outras pessoas foram atendidas na UPA, porém ninguém foi preso.
Blog do Netto Maravilha