Foto: Reprodução
A longo prazo, o acúmulo de gordura no fígado, a esteatose hepática, pode levar a processo inflamatório crônico e desencadear cirrose ou câncer. "A esteatose há até dez anos não representava causa importante no transplante de fígado. Hoje, a curva é ascendente", afirma o hepatologista Carlos Terra, presidente do Grupo de Fígado do Rio e médico do Hospital Federal da Lagoa. "Não é difícil entender a razão. Metade da população tem sobrepeso, o principal fator de risco. Se considerarmos que 20% dos pacientes com esteatose podem desenvolver cirrose, a gente entende que o impacto no transplante do fígado vá aumentar progressivamente nas próximas décadas". Dados do Ministério da Saúde mostram que 52,2% da população adulta tem excesso de peso. Nove anos atrás, a taxa era de 43% - o aumento da população acima do peso foi de 23%. "É preciso conscientizar as pessoas de que o sobrepeso não é problema de ordem estética.