Agostinho Cascardo prendeu a zeladora | Foto: Reprodução/ G1
Uma zeladora foi presa pela Polícia Federal após comer um bombom de
um delegado. De acordo com o G1, a mulher entrou na sala do policial
federal Agostinho Cascardo e viu uma caixa cheia de bombons e resolveu
comer um. "Estava limpando a sala dele e tinha uma caixinha cheia de
bombons sobre a mesa. Peguei um e pensei comigo mesma: depois falo para
ele, porque não vai 'fazer questão' de um bombom. Comi o chocolate na
sala. Terminei a limpeza e saí. Não sei porque comi. Não tenho o costume
de pegar 'coisas' dos outros, nunca mexi em nada. Não é porque uma
pessoa é de uma família pobre que ela vai sair pegando as coisas dos
outros ", relatou. Ainda de acordo com a Polícia Federal, o caso
aconteceu em Roraima e a zeladora foi autuada por furto qualificado. A
zeladora conta ter saído do prédio da Polícia Federal para resolver
problemas pessoais e, ao retornar, foi abordada por um escrivão, que a
chamou para ser ouvida. "Não sabia porque estavam me chamando. De
qualquer forma, assinei dois documentos que ele me entregou, até pedi
uma cópia, mas ele não me deu", afirma. Ao ser levada à sala do delegado
Cascardo, a zeladora foi questionada sobre o bombom que estava na mesa.
"Eu admiti ter comido. Me questionou onde estava a embalagem e o levei
até a lixeira. Revirei o lixo e encontrei o papel do bombom. Me ofereci
para pagar o chocolate, mas o delegado disse que não era essa a questão.
Ele disse que assim como eu tinha pegado o bombom, poderia ter sido um
documento. Jamais pegaria", sustenta. Ao entregar a embalagem, ela viu o
material sendo embrulhado como 'prova de um crime'. "Ainda tive que
assinar um documento sobre a apreensão da embalagem e prestei depoimento
por quase uma hora. Na minha opinião, o corregedor deveria primeiro ter
me procurado, em vez de mandar outros policiais atrás de mim. Ele se
precipitou ainda ter colocado câmeras na sala por desconfiar de mim",
opina. A zeladora adiantou que vai procurar um advogado para saber o que
pode fazer sobre o caso. "Quero saber se o que fiz foi errado, porque
eu nem sequer tive a chance de me defender. Sei que estou abaixo dele
[corregedor], mas queria conversar e entender porque ele fez tudo isso
comigo", conclui.
Bahia Noticias