A Justiça de São Paulo determinou que o WhatsApp seja tirado do ar. A informação foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo. A decisão passa a valer a partir de 0h desta quinta-feira, dia 17 de dezembro, e deve durar 48 horas.
O SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de
Serviço Móvel Celular e Pessoal) informou ao jornal que a determinação
judicial será cumprida.
A decisão prevê multa às operadoras caso elas não cumpram a decisão de
suspensão. O autor da ação não foi revelado, mas um porta-voz da
SindiTelebrasil afirmou a EXAME.com que a ação não foi movida por
nenhuma operadora do país.
O presidente da Vivo, Amos Genish, já chamou o WhatsApp de "operadora pirata".
O app se encaixa na categoria de serviços OTT, que funcionam sobre
números de operadoras. As empresas precisam pagar taxas à Anatel
(Agência Nacional de Telecomunicações), enquanto companhias como o
WhatsApp não pagam.
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A Vivo chegou até mesmo a lançar um aplicativo próprio de mensagens via internet chamado Tu Go.
Em setembro deste ano, o Sinditelebrasil emitiu uma nota para anunciar
que iniciava uma "discussão profunda sobre a revolução digital que afeta
de forma significativa diversos setores econômicos".
Na visão da entidade, um serviço como o WhatsApp “pode colocar em risco o
crescimento da infraestrutura, o emprego do brasileiro, a arrecadação
nos níveis municipal, estadual e federal e a própria sustentabilidade do
setor”.
Não é a primeira vez que a justiça brasileira determina um bloqueio ao
WhatsApp. Em fevereiro deste ano, um caso similar aconteceu no Piauí,
mas a decisão foi derrubada.
O WhatsApp é o aplicativo mais usado pelos brasileiros. Uma pesquisa do
Conecta, plataforma web do IBOPE Inteligência, indica que 93% dos donos
de smartphones utilizam o app. O segundo mais usado é o Facebook, com
79%, seguido pela YouTube, com 60%.
Exame .Com